domingo, 20 de setembro de 2020

Reapresentando e Recapitulando

0- Ilustração de Marcos Pereira Dos Santos .


1- Essa seria a capa do meu blog principal durante as Olimpíadas de Tóquio 2020. Seria... porque não acredito mais na sua realização, mesmo com o paliativo do adiamento, seu cancelamento é praticamente inevitável.

2- Teremos grandes novidades em nossos blogs, mas vou adiantar uma, fica até de sugestão para quem quiser aproveitar: um personagem terá adicionado o novo golpe "Ciclone Bomba". Posteriormente serão revelados mais detalhes.

3- Quem conhece meu lado sentimental há um bom tempo ou lê meus textos sabe que sou uma pessoa deslocada no meu tempo(e espaço), sem ser pretensioso, talvez alguém "à frente do seu tempo", ao menos no coração. E no meio da criação de conteúdo, não digo que "previ o futuro", mas "estava fora do meu espaço-tempo" mais uma vez. As criações de artistas brasileiros no universos da cultura pop estão seguindo um caminho muito legal,

apesar das inevitáveis influências do exterior, está se aprendendo a valorizar a história, cultura, folclore e patrimônio nacional, da nossa querida Pátria Amada Brasil. Algo que se iniciou lá atrás nas hqs do início da segunda metade dp século passado, ainda que com certa influência dos comics dos EUA.

Eu cresci meio que em um período de "hiato", cinema nacional respirando por aparelhos, quadrinhos desenhados por brasileiros estavam se escasseando, ainda não existiam muitos quadrinhos, games, desenhos de heróis nacionais. Uma de minhas únicas referências de produto nacional(e que obviamente foi grande fonte de inspiração, entretenimento, distração e bons momentos) foram as nossas perenes telenovelas.

A maioria copiava herois na maioria americanos e japoneses, e eu, é claro, me inspirei bastante neles também, mas dei meu toque "tupiniquim". Segui pela ala da "minoria" que optou por inserir elementos nacionais nos personagens. Hoje felizmente é valorizado, comum e popular, mas nunca devemos baixar a cabeça contra a eterna batalha contra o complexo de vira lata.

Se a década de 10 foi pujante em cultura nacional, a anterior foi um pouquinho mais devagar(e a de 90 menos ainda) muita coisa ainda estava engatinhando. Muita coisa que hoje é "inovação" e "pioneirismo" naquela época já existia, porém não se existia o alcance e estrutura que se tem hoje. Quase não tinha rede social, não tinha financiamento coletivo, smartphone, zapzap. Os trabalhos independentes muitas vezes eram restritos à motores mais "elementais", como RPG Maker e Mugen,

se por um lado tínhamos o charme dos fliperamas, por outro os consoles ainda tinham grande fatia do mercado com pirataria e emuladores com roms em sites onde usávamos Download Acelerator e o "Domenec" . Enfim, era um mercado bem amador mesmo.

Eu comecei a escrever fanfics quase ao mesmo tempo que conheci o RPG Maker, então o caminho natural foi "sonhar" em fazer um game um dia com personagens originais. No começo faria um fan game para treinar, e depois partiria para trabalhos autorais(era o recurso "macete" que o JRP usaria no mangá nacional de As Novas Aventuras de Megaman).

Como os fanfic que eu fazia eram do Hattrick(eu reescrevia as narrações em texto do game adaptando para a linguagem e os bordões dos narradores de futebol da TV na época) e o game do RPG maker que joguei era de Phantasy Star, o caminho natural foi fazer um fanfic de Phantasy Star em universo alternativo mesclando os dois games. Fiz o que hoje chamo de "Temporada Zero", era algo totalmente surreal e sem noção, um dos protagonistas era o Comandante Hamilton e entre os vilões estavam o R. R. Soares e o Crivella.

Na segunda temporada(que é oficialmente a primeira, pois é onde começam a aparecer os meus personagens originais), publicada parcial e inicialmente em 2005, aí sim comecei a engatinhar em um universo usando a imaginação com personagens diversificados, com fortes influências variadas, mas sem esquecer as novelas e o Brasil.

O "Evento Chave" da minha motivação em incrementar meus trabalhos com algo relativo à gente veio na primeira batalha, que durou os 3 primeiros episódios, onde foram apresentados os irmãos Lemadan e Melissa, onde está última invoca a Entidade "O Poderoso Guerreiro", que é na verdade uma espécie de "São Jorge", mas troquei "Santo"(Guerreiro) por "Poderoso"(Guerreiro) para não ter qualquer problema futuro quanto à religião caso um dia virasse algo mais sério.

Então 10 anos depois, em 2015, voltei aos pouquinhos, escrevendo e publicando em várias "ondas", me divertindo, distraindo, viajando com a mente, e depois de um tempo começou a "saga" só com os bonequinhos originais em um Rio de Janeiro imaginário. Quem prestar bem atenção vai ver que a saga em si é estruturada para um dia ser convertida em algo maior. Não é exatamente uma "pretensão" ou "prioridade", mas sonhar não custa nada... ou quase nada... o amanhã pertence àquele lá de cima.

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